Desabafo sincerão

Alferes na área, gente! 

Hoje em especial, não sei se tenho alguma utilidade para passar pro mundo, mas vim de qualquer forma expressar algo que anda me incomodando, como novata nesse mundo de restrição alimentar: A falta de opções cotidianas.

Espero que entendam aqui, eu estou falando de glúten, então por óbvio que não estou chorando aqui sobre pão (apesar de estar sentindo uma falta desgraçada de um pãozinho francês). 

Estou falando de coisas que seriam menos óbvias que teria que evitar, mas que tão aí me provando que o super processamento dos alimentos industrializados é um problema sério para a nossa saúde.

Exemplo? 

Em um café da manhã em específico, tinha à mesa mortadela para comer. Sempre amei essa malvada, então fui seca pegar, mas lembrei de ler os ingredientes primeiro e descobri que não posso comer a da Sadia, porque contém glúten.

Glúten, na mortadela.

Ou o caso do molho de tomate de pacotinho. 

Fiz Bife à Rolê e como boa preguiçosa, usei molho pronto ao invés de fazer o meu com tomates pelados e panãnã, pra depois olhar a embalagem e descobrir que, ups, não posso comer o molho de tomate da Heinz, porque contém glúten também.

É que nem quando minha irmã descobriu a intolerância a lactose dela e teve a desagradável surpresa de que algumas marcas de salame contém lactose, entre toda a sorte absurda de produtos que não precisavam conter leite ou seus derivados, mas lá estavam. 

Só do que andei descobrindo recentemente (e eu não sou celíaca, só tenho alergia mesmo ao glúten), é interessante eu evitar: batata frita congelada, sorvetes, molho shoyu, qualquer coisa que leve corante caramelo, sopas prontas, embutidos...

E essa é só a ponta do iceberg.

Existem remédios que contém glúten, bem como existem queles que contém lactose, ou traços de amendoim ou nozes ou outros produtos conhecidos por causar reação alérgica e que por isso deveriam ser evitados, mas não são por serem produtos baratos.

E tudo o que pergunto é:

Por quê?

Claramente essa hiper exposição é um problema para a saúde geral e, provavelmente um dos grandes motivos do aumento do número de diagnósticos de casos como o meu, onde o problema não é autoimune, como no caso da doença celíaca, ou como no caso da intolerância à lactose da minha irmã (que já vem com o agravante de, naturalmente com o tempo desenvolvermos intolerância devido ao desmame natural que o ser humano se recusa a fazer). Esse é um tipo de barato que sai muito caro nas nossas vidas.

Por isso venho hoje, não com alguma receita ou alguma indicação, mas com um conselho: Prestem atenção no que consomem. Nosso corpo precisa de equilíbrio para  funcionar de maneira plena. 

Por isso, se você sofre de dores abdominais, deficiência vitamínica, desnutrição, fadiga entre outros sintomas de que teu organismo não tá legal, pense não só num médico, mas também no que você consome para nutrir seu corpo. Sei que comida fresca e não processada não é uma opção viável o tempo todo, não só pelo fator tempo, mas também pelo econômico, mas, cuidado com essa armadilha industrial que são os produtos hiper processados, bem como a essa ultra exposição à ingredientes.

E vou deixar claro aqui: Não estou pregando que todo mundo deve adotar uma dieta gluten free e lactose free pra viver a vida de forma saudável. Apenas tenha ciência de como consome seus produtinhos e faça esse consumo contar.

Então, nessa pegada mesmo, já aproveitando, segue abaixo uma listinha maneira de glútenidades para quem ficou curioso de onde esse bendito glúten está em nossas vidas e nem temos ideia: